segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Conceito de beleza é relativo

Mas apenas em 50% dos casos. Estudo com gêmeos descobriu que noção de beleza também pode ser genética

POR Otavio Cohen 
Heloisa Tolipan

Parece que aquela história de que "a beleza está nos olhos de quem vê" e "quem ama o feio, bonito lhe parece" é mesmo verdade. Ou, pelo menos, meia verdade. É que as noções universais de beleza - aquelas com as quais todo mundo concorda - não são assim tão universais.
É verdade que rostos simétricos tendem a ser classificados como bonitos por todo mundo. Mas dentro do seu gosto pessoal, esse senso comum ocupa apenas 50% do espaço. O resto da sua noção de beleza é algo completamente único. Isso explica por que você às vezes acha uma pessoa linda e todos os seus amigos discordam.
 Os cientistas responsáveis pelo estudo colheram os resultados de 35 mil pessoas que fizeram um teste online em que precisavam responder quem é bonito e quem é feio, a partir de uma série de rostos na tela. Depois, os pesquisadores pediram para 761 pares de gêmeos (idênticos e não-idênticos) responderem quais rostos eles achavam bonitos. As respostas variavam bastante de um gêmeo para o outro - apenas na metade dos casos os gêmeos concordavam.
A conclusão do estudo, que foi uma parceria entre especialistas do Massachusetts General Hospital, da Universidade de Harvard e da Wellesley College, é que noção de beleza pode ter raízes genéticas. Em outras palavras, você já nasce achando tal pessoa bonita e tal pessoa feia. Mas, mesmo assim, só vai haver unanimidade em 50% dos casos. Na outra metade dos casos, vale a sua experiência de vida. E não é só a criação que conta. São as caras que vemos na mídia, os rostos que marcaram nossa infância, como amigos e amores. Algo que dificilmente é igual entre duas pessoas, mesmo se elas forem gêmeas.


Fonte:http://super.abril.com.br/ciencia/conceito-de-beleza-e-relativo

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